terça-feira, 5 de julho de 2011

Vamos ficar de olho aberto com o interrompidamente do tratamento da Hepatite C

INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA

Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado. Ao contrário dos demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas conseqüências a longo prazo.


Vírus da hepatite C (fonte)

Estima-se que cerca de 3% da população mundial, 170 milhões de pessoas, sejam portadores de hepatite C crônica. É atualmente a principal causa de transplante hepático em países desenvolvidos e responsável por 60% das hepatopatias crônicas. No Brasil, em doadores de sangue, a incidência da hepatite C é de cerca de 1,2%, com diferenças regionais, como mostra a tabela abaixo:

Prevalência da hepatite C

Estados Unidos

1,4%

França

3,0%

Egito / África do Sul

30,0%

Canadá / Norte da Europa

0,3%

Brasil

1,2-2,0%

- Norte

2,1%

- Nordeste

1%

- Centro-Oeste

1,2%

- Sudeste

1,4%

- Sul

0,7%


Prevalência mundial da hepatite C (fonte)

Apesar do altíssimo número de contaminados, alguns fatores de risco são considerados mais importantes e todas as pessoas com eles devem ser devem ser testadas, pelo alto risco da doença:

Fatores de maior risco para hepatite C

Usuários de drogas endovenosas

risco 80%

Receptores de fatores de coagulação antes de 1987

risco 90%

Receptores de transfusão sangüínea ou transplante de órgãos antes de 1992

risco 6%

Hemodiálise

risco 20%

Filhos de mães positivas

risco 5%

Parceiros de portadores do HIV

-

Crianças com 12 meses de idade com mãe portadora do HCV

-

Profissionais da área da saúde vítimas de acidente com sangue contaminado

-

Apesar dos esforços em conter a epidemia atual, especialmente com a realização de exames específicos em sangue doado, a hepatite C é uma epidemia crescente. Estima-se que a prevalência (número total de casos) só atinja o seu pico em 2040 e, à medida que o tempo de infecção aumenta, que a proporção de novos pacientes não tratados com cirrose dobre até 2020. Assim, medidas adicionais de prevenção e tratamento precisam ser tomadas antes disso, ou nas próximas décadas a epidemia de hepatite C atingirá complicações na saúde pública a níveis insustentáveis.

Estaremos postando mais informações e procedimentos sobre o assunto.

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